No início do século XIX um português de origem simples chega ao Brasil fugindo das crises agrárias européias. Mora um tempo no Rio de Janeiro, Antônio Clemente Pinto. Em pouco tempo, ele, depois de muito trabalho nos portos e comécio da cidade, torna-se uma das pessoas mais ricas e poderosas do Brasil Imperial, com maiores posses que as do Imperador Pedro I. Nunca se explicou como ele conseguiu essa repentina riquesa. Falam que achou um tesouro de um tal contrabandista Mão de Luva, que contrabandeava ouro das Minas Gerais, no fim do século XVIII.
Esse Barão, a riquesa tornou-o Barão, possuia ao todo 21 fazendas no atual estado do Rio de Janeiro e em cada uma delas construi imponentes casas, como o Solar do Gavião em Cantagalo, o Casarão do Parque São Clemente em Nova Friburgo e o Palácio Nova Friburgo, hoje Palácio do Catete e Museu da República do Rio.
Os jardins do Parque São Clemente foram projetados por August Glaziou, que projetou também os da Quinta da Boa Vista e do Campo de Santana no Rio.
Alguns comodos do casarão foram inspirados no Palácio de Versalhes na França e os afrescos e pinturas seguem o estilo neoclássico.
D Pedro II ficou hospedado algumas vezes no casarão para acompanhar o projeto da ferrovia que seria construida pela familia Clemente Pinto, ligando Cantagalo e Porto das Caixas, para maior rapidez no escoamento do café. A ferrovia funcionou até 1950.
O início da construção do casarão foi em 1840 e foi terminada duas décadas depois.
A casa e o jardim foram tombados pelo IPHAN. A transformação do parque em um clube foi iniciativa da família Guinle que fez um acordo de venda com três importantes proprietários da cidade.
Este lugar tem grande importância na nossa história. O clube vem agindo para transformar a casa em um Museu ou numa Casa de Cultura.
Vale a pena visitar. Tive a felicidade de ter o meu quadro exposto em um Salão deste lindo casarão.
